Telescópio Hubble captura “eco luminoso” criado por supernova

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Imagem de: Telescópio Hubble captura “eco luminoso” criado por supernova
Imagem: NASA/ESA/Y. Yang (Texas A&M University e Weizmann Institute of Science, Israel)

De vez em quando, nós do Mega Curioso publicamos por aqui notícias a respeito de supernovas — explosões estelares que marcam a morte de estrelas mais massivas do que o nosso Sol — que foram observadas pelos astrônomos em algum lugar longínquo do Universo. No entanto, não é sempre que nos deparamos com imagens que capturam a dimensão desses momentos cósmicos para compartilhar por aqui com os nossos leitores.

Por sorte, a NASA divulgou recentemente imagens que mostram o “eco luminoso” provocado por uma supernova — e a sequência pode ajudar a matar um pouquinho a curiosidade daqueles que gostariam de ter uma ideia da extraordinária dimensão que a morte de uma estrela pode alcançar.

Booom!

De acordo com Calla Cofield, do site Space.com, as imagens mostram uma supernova batizada como SN 2014J, descoberta na galáxia M82, situada a 11,4 milhões de anos-luz de distância de nós, no início de 2014. A sequência foi capturada pelo telescópio espacial Hubble ao longo de mais de dois anos de observações e transformada em animação por um time de cientistas. Assista a seguir:

Segundo o pessoal do site Phys.org, a supernova que você viu no vídeo acima foi classificada como sendo do Tipo Ia, uma classe de evento acontece em sistemas binários compostos por duas estrelas, uma anã branca no fim de sua vida e sua companheira. Mais especificamente, a explosão aconteceu depois que a anã receber material demais da outra estrela e não suportar mais a pressão.

Ademais, conforme você pode conferir abaixo, a imagem capturada na galáxia M82 mostra uma espetacular explosão seguida pela formação de um brilhante disco azulado que se propaga entre um emaranhado de nuvens. Veja só:

SupernovaNASA/ESA/Y. Yang (Texas A&M University e Weizmann Institute of Science, Israel)

E você reparou que nós nos referimos à sequência como “eco luminoso” em vez de “onda de choque”? Fizemos isso porque esse foi o termo que a NASA usou para explicar as observações do Hubble. De acordo com a agência espacial, assim como o ruído de vozes reverberando nas montanhas ou de passos sendo refletidos por paredes são exemplos de ecos aqui na Terra, o cosmos tem sua própria versão de eco — que, em vez de consistir em sons, é produzida quando a luz é refletida de nuvens de poeira cósmica.

Com relação ao tamanho do “eco luminoso”, para você ter uma ideia, a luz resultante da explosão está se espalhando através de uma imensa nuvem de gás que se estende entre 300 e 1,6 mil anos-luz da supernova e, então, é refletida até a Terra. E se você tem dificuldade de imaginar a dimensão disso, pense que, na prática, um ano-luz equivale a 9.461.000.000.000 de quilômetros. Apenas.

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