Projeto espacial vai usar xixi para fabricar ferramentas e peças para naves

1 min de leitura
Imagem de: Projeto espacial vai usar xixi para fabricar ferramentas e peças para naves

Um dos maiores desafios para longas viagens espaciais – como a que pretende levar seres humanos para Marte e que deve acontecer em breve – é a quantidade de combustível necessária para o trajeto de ida e volta e as limitações de peso que a nave pode carregar. Pensando nesses dois fatores, um grupo de pesquisadores quer aproveitar ao máximo tudo que estiver a borde, inclusive os excrementos humanos, que além de darem trabalho na hora de serem descartados, podem ajudar bastante na missão.

O projeto é feito por uma equipe de cientistas da Universidade de Clemson, nos Estados Unidos, e foca no reaproveitamento de urina e do ar exalado por nossos pulmões para produzir substâncias químicos úteis, como Ômega-3 e matéria-prima para a criação de polímeros. Tudo isso é feito por meio de uma levedura chamada Y. lipolytica, que se alimenta de carbono e nitrogênio, ambos encontrados nos excrementos humanos.

Tudo pode ser aproveitado

A ideia é minimizar a quantidade de excrementos que devem ser eliminados e reaproveitar tudo o que for possível para ser usado na nave durante a viagem. Na Estação Espacial Internacional, por exemplo, os astronautas consomem água a partir de urina, suor e dos banhos que tomam a bordo. Tudo é devidamente filtrado para o bem dos tripulantes, claro.

Imagine poder criar uma ferramenta ou uma peça para consertar sua nave com o seu próprio xixi

Já no caso de viagens que podem durar meses ou anos e que o ser humano muito em breve deve começar a fazer, um sistema biológico fechado de reaproveitamento é essencial para que tudo dê certo. Substâncias podem ser tiradas da urina para criar polímeros que podem virar objetos sólidos criados por uma impressora 3D, por exemplo, evitando ter que carregar um peso extra de matéria-prima na nave.

Imagine poder criar uma ferramenta ou uma peça para consertar sua nave com o seu próprio xixi. A realidade não está distante – a pesquisa ainda está no começo, mas o futuro da exploração espacial certamente depende disso e não vai deixar de aproveitar tudo que sai do nosso corpo.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.