Games podem ser usados para recuperar pacientes

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(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Você já imaginou que os video games podem contribuir (e muito) para a reabilitação de pessoas com algumas deficiências motoras? Fábio Galvão, terapeuta ocupacional formado pela Universidade Potiguar (RN), esteve na Campus Party Brasil 2012 para mostrar o seu trabalho que consiste exatamente no que acabamos de citar: reabilitação pela realidade virtual.

Segundo ele, um dos principais campos de atuação da Terapia Ocupacional é a Tecnologia Assistiva, que visa criar uma compensação física (da realidade) para evitar lesões e aumentar a segurança dos pacientes para futuras atividades "reais". Tudo isso se faz por conta da Reabilitação Virtual, que pode ser imersiva (capacetes e luvas) ou não imersiva (video games comuns e monitores).

A realidade virtual entra em ação nesse momento, fazendo com que os pacientes que sofrem com algumas deficiências possam passar por simulações e projeções da realidade. Mas como estamos falando de reabilitações físicas, video games com controles comuns não surtiriam muito efeito; por isso, são recomendados os consoles com sensores de movimento (Wii, PsMove e Kinect), geralmente com jogos simuladores.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Galvão afirmou que, em seu consultório, o console mais utilizado é o Nintendo Wii, que possui um maior número de jogos e pode trabalhar tanto com os membros inferiores quanto superiores. O Kinect não é muito recomendado porque pessoas amputadas não conseguem acionar uma série de comandos. Por fim, o Move sofre com a falta de títulos.

É importante ressaltar o que Galvão falou: "não é recomendado que se tente utilizar as técnicas sem o acompanhamento necessário". Isso poderia causar uma série de problemas devido a movimentos errados. Os principais benefícios gerados pela utilização da realidade virtual para a reabilitação motora foram listados pelo terapeuta palestrante:

  • Fortalecimento muscular;
  • Melhora a amplitude dos movimentos (a satisfação do jogo faz com que o organismo libere endorfina, diminuindo a sensação de dor);
  • Ampliação da atividade cerebelar;
  • Estímulo à concentração e ao equilíbrio;
  • Sensação de superação;
  • Maior envolvimento cognitivo.

Já há relatos de utilização, com resultados efetivos, da Terapia Ocupacional aliada a games em vários países do mundo, como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e Brasil (Rio Grande do Norte, onde Galvão é um dos pioneiros). É importante dizer que as técnicas não são recomendadas para a reabilitação de pessoas com déficit intelectual e deficiência visual.

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