Astronauta brasileiro fala sobre os ônibus espaciais e o fim do programa da NASA

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Palestra com Marcos Pontes. (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

A palestra, que aconteceu nesta tarde na Campus Party, mostrou os principais motivos que levaram as espaçonaves americanas à aposentadoria. Animado, Marcos Pontes ainda explicou de forma simples o que é um ônibus espacial e quais são seus principais componentes, atraindo a atenção de todos na plateia.

Por que chegou ao fim?

Em linhas gerais, o principal fator que determinou a parada total das missões foi o acidente com o ônibus espacial Columbia, em 2003. Uma investigação, que chegou ao fim em 2005, fez com que o congresso americano concluísse que estes meios de transporte não são seguros o bastante para dar continuação ao programa. Assim, o ano de 2010 foi dado como data-limite para o encerramento das ações.

Mas não foi só por isso. Toda a estrutura e a tecnologia utilizadas apenas para o lançamento de um ônibus espacial custa cerca de 200 milhões de dólares. Isso causa um impacto imenso na economia, o que fez com que as verbas para o programa chegassem muito próximo a um corte decisivo há alguns anos.

Outros detalhes também complicaram ainda mais a sobrevivência do programa, como os riscos econômicos e de operação, dependência de outros países, oscilações políticas etc. Mesmo assim, o prazo acabou se estendendo devido a atrasos, fazendo com que o último pouso de uma nave ocorresse em julho do ano passado.

O ônibus espacial

Um ônibus espacial pesa cerca de 2 mil toneladas e sua estrutura é bem complexa. Apesar da aparência robusta e imponente, esse veículo possui partes extremamente frágeis e precisa ser manuseado com muita cautela. Para se ter uma ideia, o processo feito para posicioná-lo na vertical dentro do prédio de montagem pode levar vários dias. Ele é composto de três partes principais:

  • O orbiter, que é o ônibus espacial em si;
  • Os foguetes auxiliares, que dão o impulso inicial durante a decolagem;
  • O tanque externo, responsável por armazenar o combustível líquido.

Ônibus espacial. (Fonte da imagem: Divulgação/Nasa)

Marcos Pontes mencionou que voos espaciais são perigosos por natureza. Isso se dá pelo fato da enorme complexidade dos controles e da pressão exercida sobre todos os envolvidos. Mesmo assim, o astronauta se diz muito feliz pelo que fez e ainda faz, e deseja que todos os jovens brasileiros se tornem bons exemplos para o futuro tecnológico do Brasil.

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