Pirataria: Partido Pirata marca presença na Campus Party

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Ampliar (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Assim que chegamos ao segundo dia da Campus Party Brasil 2012, encontramos alguns panfletos que mostravam os ideais do Partido Pirata Brasileiro. O movimento surgiu na Suécia (em 2006) e, desde 2007, vem conquistando adeptos no Brasil. Foi na CPBR de 2008 que ocorreu a primeira reunião presencial do grupo, que agora começa a tomar formas ainda mais definidas.

O Tecmundo foi atrás de Leandro Chemalle, um dos líderes do Partido Pirata, responsável também pela manutenção das redes sociais do movimento. Ao ser perguntado sobre as ações que o Partido deve realizar durante o evento, ele disse que um dos principais momentos da CPBR para eles vai ocorrer na quinta-feira, quando Fabrício do Canto vai participar de uma conferência online.

Do Canto é brasileiro e foi responsável pela obtenção de 15 cadeiras no parlamento da Alemanha para o Partido Pirata. Isso nos fez perguntar se, aqui no Brasil, também há planos de fazer com que o Partido se torne uma instituição formal e, literalmente, partidária. Chemalle disse que sim. Até o final de 2012 o Partido Pirata deve recolher as assinaturas necessárias para conseguir a formalização da instituição.

Aqui no Brasil, as principais reinvindicações dos piratas são relacionadas à postura do governo em relação ao software livre, inclusão digital de uma maneira mais efetiva e também a transparência nas ações dos políticos. Em relação à pirataria, o membro do partido deixa bem claro que é preciso diferenciar "compartilhamento" de "falsificação".

O primeiro termo é o defendido, que prima pela distribuição de conteúdo de uma maneira mais compatível com as possibilidades do povo. Já o segundo não é correto, pois além de oferecer conteúdos inferiores aos originais, faz pouco caso dos consumidores, que muitas vezes podem estar sendo enganados.

Lutando contra a ACTA

Perguntamos qual era a relação do PPBR com a ameaça da SOPA. Chemalle disse que o que mais assusta o partido não é a SOPA ou a PIPA, mas sim a ACTA, que pode gerar uma série de problemas para a liberdade dos internautas. Por fim, perguntamos se havia relação do PPBR com a religião copimista e os hackers do Anonymous.

Quanto à religião, Chemalle disse que não há muito o que ser dito. Ele concorda que os dois movimentos possuem os mesmos preceitos, a única diferença é que os partidários querem agir mais ativamente na sociedade. Já em relação ao Anonymous, disse que concorda com várias ações que visam derrubar sites ou instabilizar sistemas, mas não com invasões que possam prejudicar outras pessoas.

Você pode acompanhar as ações do Partido Pirata pelo Twitter, que pode ser acessado por este link.

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