O fim de uma era: câmera promete revolucionar a fotografia e acabar com imagens em JPEG

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John Hunt e Tom Driscoll mostram os protótipos de sensores (Fonte da imagem: ECN mag)

O JPEG ou JPG é, sem dúvida, um dos formatos de arquivos mais utilizados na atualidade. Ele funciona como uma forma de compressão de imagens, permitindo que os arquivos ocupem menos espaço em HDs e cartões de memória. Agora, a criação de um novo sistema de captura de imagens pode fazer com que o formato tenha seus dias contados.

John Hunt e uma equipe de pesquisas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, desenvolveram uma forma de comprimir a imagem durante a própria captura. Para ficar um pouco mais simples de entender, o mecanismo deixaria de comprimir o arquivo em si, mas sim criaria uma imagem já “filtrada”, mais leve e sem perder a qualidade.

O equipamento utiliza um tipo específico de lente e dispensa componentes mecânicos, como o obturador da máquina e até o sensor de imagem em câmeras digitais, o CCD. O sistema promete ser mais eficiente, versátil e muito mais barato do que os equipamentos atuais.

Como funciona?

O projeto cria um sensor com metamateriais semelhantes aos utilizados em pesquisas para a criação de mantos da invisibilidade, por terem propriedades especiais na forma de reação à luz. Isso é o que permite que próprio sensor seja responsável por substituir as lentes, captando as imagens.

Imagem mostra a diferença dos sensores CCDs (A), sistema de pixel único (B) e, por último, o novo sensor feito de metamaterial. (Fonte da imagem: Divulgação/Duke)

O sensor criado dessa forma é um tipo de laminado fino, com dezenas de linhas formadas por quadrados de cobre. Esses pontos de cobre funcionam como antenas e cada um é ajustado para captar diferentes ondas de luz.

As antenas conseguem captar distintas frequências de luz, captando detalhes ainda mais nítidos da cena. De forma oposta ao sistema atual, a captação de imagens não se preocupa com o tamanho do arquivo final, mas sim em preservar o conteúdo de cada fotografia.

Para isso, os próprios pontos de cobre eliminam as frequências de luz desnecessárias para completar o conteúdo da fotografia. É essa filtragem e eliminação de informações desnecessárias que cria a compressão da foto, diretamente do sensor da câmera, sem precisar de qualquer mecanismo ou hardware para a tarefa.

Vantagens do sistema

(Fonte da imagem: Reprodução/Photonics)Nos testes feitos pela equipe da Universidade de Duke, os protótipos foram capazes de capturar imagens e reconstruir as cenas em um computador de forma tão veloz que elas foram processadas e transmitidas em tempo real, sem precisar de qualquer processo específico de pós-compressão.

Além da velocidade, o sistema permite que a captação de imagens seja mais barata e versátil. As inovações não se resumem ao mercado de câmeras digitais, já que os desenvolvedores apontam que o sistema também traria benefícios para outros equipamentos que utilizam a luz para captar imagens, como máquinas de raio x.

O projeto é bastante inovador, mas ainda não saiu da fase de protótipos feitos para os primeiros testes, por isso é impossível ter uma previsão de tempo até que o sistema possa ser comercializado.

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