CEO da BlackBerry tem 99% de certeza de que a empresa vai sobreviver

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No último final de semana, a BlackBerry revelou seu relatório fiscal de rendimentos para o terceiro trimestre de 2014 e surpreendeu com a declaração de um fluxo de caixa positivo e de lucros de um centavo de dólar por cada ação da companhia. Ainda que bastante modestos, esses valores representam um marco importante na estratégia de empresa para voltar a ganhar espaço no mercado e evitar se tornar completamente irrelevante.

A receita da companhia ficou abaixo das projeções feitas por analistas, que previam um montante de US$ 931,5 milhões frente aos US$ 793 milhões declarados pela BlackBerry para o trimestre. Ainda assim, os especialistas acreditam que o CEO John Chen vem fazendo um bom trabalho para controlar as despesas e estimular o fluxo positivo do caixa da companhia, que ficou em US$ 43 milhões – contra os US$ 36 milhões negativos no período anterior.

Com relação aos valores líquidos, a empresa teve um prejuízo de US$ 148 milhões – o que não é desejável, mas certamente é melhor que os US$ 4,4 bilhões perdidos um ano antes. Enquanto a BlackBerry conseguiu vender 4,3 milhões de smartphones até este ponto do ano de 2013, ela contabilizava menos da metade desse montante até o fim do terceiro trimestre de 2014, com um total de 1,9 milhão de aparelhos.

Caminhos possíveis

Embora a queda nas vendas possa indicar que a empresa canadense está mudando seu foco da fabricação de dispositivos para softwares e serviços, o fato é que os rendimentos da companhia ainda estão divididos basicamente ao meio. Atualmente, a empresa tem 46% de sua receita oriunda da venda de aparelhos, 48% dos seus serviços e 8% de softwares e outros elementos.

Resta saber como os recentes lançamentos de dispositivos como o Classic e o Passport vão refletir nesses números até o final do ano fiscal de 2014, que se encerra em fevereiro de 2015. O primeiro modelo de celular busca atrair os fãs da marca unindo o teclado físico e o botão central de rolagem presentes nos celulares antigos da BlackBerry ao hardware mais avançado dos dispositivos mais atuais e a seus novos recursos de software.

Enquanto isso, o Passport aposta em um formato de tela diferenciado e é voltado para executivos que busquem aumentar sua produtividade e queiram unir trabalho, estilo e portabilidade. A novidade teve seus estoques esgotados poucas semanas após seu lançamento e a fabricante ainda está se esforçando para atender a todos os pedidos feitos até agora.

Com a casa em ordem

Questionado pela Bloomberg a respeito da virada da empresa, o CEO da BlackBerry se mostrou bastante otimista sobre as chances de que seus planos deem certo, estimando suas probabilidades de sucesso em 99%. O executivo também revelou que a companhia pretende revelar um novo software em junho que vai convencer quem estiver usando dois dispositivos de outras marcas a ficar apenas com um aparelho da fabricante canadense.

Por fim, Chen revelou ainda que a BlackBerry conseguiu vender 93% de seu inventário no último trimestre, o que significa que a companhia ficou com menos produtos parados em seus estoques e recuperou boa parte do dinheiro gasto na fabricação deles. Enquanto isso, a empresa vem tentando atender aos pedidos do Passport e diminuindo as filas de espera, embora ainda esteja entregando aparelhos comprados entre setembro e novembro.

A situação atual da companhia é fruto dos 13 primeiros meses do plano de dois anos estabelecido pelo executivo desde que passou à liderança a empresa. Agora, a sobrevivência da marca não parece mais estar em questão, embora somente o tempo possa dizer se a BlackBerry vai voltar a ocupar uma posição de destaque no mercado.

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