Review: smartphone Motorola Moto G [vídeo]

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Apresentar para o consumidor um aparelho com a melhor configuração possível a um custo cada vez mais baixo é o grande sonho de qualquer fabricante de smartphone. Muitas até tentam, mas poucas conseguem aliar essas duas características.

No Brasil, então, lançar um produto cujo preço seja considerado “em conta” pelos usuários acaba se tornando uma missão quase impossível. Entretanto, é bem possível que a Motorola tenha conseguido chegar perto desse objetivo como o seu Moto G.

O aparelho parece ter sido feito sob medida para o mercado brasileiro, com direito a lançamento internacional anunciado na cidade de São Paulo. Conferimos de perto todos os detalhes de mais essa novidade e o resultado é o que você confere agora nessa análise.

Testes de desempenho

Em nossa análise, utilizamos três aplicativos de referência para a avaliação de benchmark: AnTuTu Benchmark, Basemark X e 3D Mark. Como já era esperado, numericamente, o aparelho se saiu relativamente bem se comparado a produtos da sua faixa de preço ou com configurações similares.

Tecnicamente ele não é nenhum primor, mas sua capacidade de processamento não deixaem nada a desejar, sobrando apenas algumas ressalvas para a GPU, que pode ser considerada um pouco abaixo do conjunto.

(Fonte da imagem: Tecmundo) (Fonte da imagem: Tecmundo) (Fonte da imagem: Tecmundo)

Aprovado

Design de construção

Criado para ser uma versão mais simples do Moto X, o smartphone Moto G tem um visual muito similar ao do seu irmão mais potente. Com tela de 4,5 polegadas, o aparelho possui um acabamento em plástico policarbonato liso na parte traseira.

Outro destaque que diferencia o produto é o fato de ele ter capas intercambiáveis. Sim, aparelhos de outros fabricantes também contam com essa possibilidade, mas no caso do Moto G, ao comprar a versão de 16 GB, o consumidor leva para casa gratuitamente um kit com quatro capas coloridas – característica que nenhuma outra empresa oferece.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Tela eficiente

Em uma declaração polêmica, a Motorola chegou a afirmar que a qualidade da tela do Moto G poderia ser melhor até mesmo do que a do iPhone 5S. Numericamente pode até fazer sentido: são 329 ppi do Moto G contra 326 ppi do iPhone 5S, e 720x1280 pixels do modelo da Motorola contra 640x1136 pixels do modelo da Apple.

Na prática, entretanto, a comparação não faz muito sentido, já que o modelo da Apple possui o recurso Retina Display. Por outro lado, isso não significa que a Motorola não tenha feito um trabalho de extrema competência. O resultado é uma tela adequada, tanto no tamanho quanto na resolução, para todas as atividades que se enquadrem na proposta de um smartphone intermediário.

Duração de bateria

Diferente do Moto X, que possui um sistema inteligente de gerenciamento de bateria, o Moto G mantém o método tradicional de energia, executado por um processador de quatro núcleos. Embora nesse sentido o desempenho fique abaixo do Moto X, o uso do Moto G no dia a dia não é prejudicado.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Em nossos testes, a duração de bateria foi bastante satisfatória. Foi possível, por exemplo, sair de casa pela manhã com o celular em 100%, usar o dia todo de forma moderada – acessando sites, checando emails e executando alguns apps – e chegar em casa à noite com a bateria ainda em níveis entre 20% e 30%.

Já nos testes de estresse, com a execução de vídeos do YouTube e do Netflix de forma contínua e com o brilho de tela configurado no máximo, a duração da bateria foi significativamente menor, mas ainda assim dentro dos parâmetros esperados: pouco mais de 3 horas e 15 minutos.

Desempenho

Ao comprar o Moto G, tenha em mente que você está adquirindo um aparelho intermediário e, por conta disso, há limitações naturais de hardware e desempenho. Essas características podem decepcionar, por exemplo, aqueles usuários que pretendem executar jogos mais pesados.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Em nossos testes, games como Thor: The Dark World e GT: Racing 2 se mostraram incompatíveis com o aparelho. Por outro lado, títulos como Real Racing 3, FIFA 14 e Dead Trigger 2 puderam ser executados de forma tranquila, sem atrasos no tempo de resposta e sem travamentos.

Já para aqueles que não pretendem abusar da GPU, praticamente não há nenhum tipo de problema. Apps tradicionais como o pacote de serviços oferecidos pela Google ou ainda aplicativos de redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram, são executados com muita tranquilidade.

Câmera traseira simples

Com resolução de 5 megapixels, é possível dizer que a câmera do Moto G apresenta os requisitos mínimos esperados para um aparelho nessa faixa de preço. Por conta disso, não espere fotos com uma resolução excepcional, em especial em ambientes com pouca luminosidade.

Foto tirada com a câmera traseira do Moto G (Fonte da imagem: Tecmundo)

Já à luz do dia, a situação é mais cômoda e os resultados parecem melhores. Porém, alguns tons de preto, por exemplo, podem apresentar granulações e distorções de cores. Entretanto, não há motivos para se preocupar com os resultados: a qualidade das imagens capturadas com ele certamente é suficiente para registar as suas memórias.

Função Rádio FM

O recurso de Rádio FM é outra função bastante solicitada pelos usuários brasileiros, e no Moto G ela também está presente. A seleção de estações é feita de forma automática, de forma que onde quer que você esteja fica fácil procurar por emissoras locais cuja frequência tenha um sinal de melhor qualidade.

Fones de ouvido simples, áudio regular

Simples mas eficientes. Assim podem ser classificados os fones de ouvido que acompanham o Moto G. A qualidade de áudio do aparelho, entretanto, poderia ser um pouco melhor, em especial para quem deseja assistir a filmes e séries sem utilizar fones de ouvido.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Não é nada que incomode a ponto de ser considerado um ponto negativo, mas vale a ressalva pela baixa potência e pelo nível de distorção em volumes mais altos.

65 GB de armazenamento no Google Drive

Qualquer usuário com uma conta do Google tem direito a armazenar pelo menos 15 GB de arquivos diretamente no Google Drive. Entretanto, aqueles que adquirirem um smartphone Moto G ganham ainda outros 50 GB, que podem ser utilizados durante dois anos, totalizando 65 GB de espaço na nuvem.

Garantia de atualização para o KitKat

Os proprietários de smartphones top de linha não precisam se preocupar com a disponibilidade de atualizações de sistema operacional, afinal pelo menos uma sempre é garantida. Entretanto, o mesmo não acontece com aqueles que compram modelos intermediários e têm que torcer para que o seu celular esteja na lista de atualizáveis.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Desde o início, a Motorola lança o produto com a garantia e a indicação de quando deve disponibilizar o KitKat para substituir o Jelly Bean: janeiro de 2014. Pode parecer obrigação – e deveria ser –, mas o fato de o produto chegar ao mercado já com essa indicação já demonstra um comprometimento com o consumidor.

Melhor relação custo-benefício

O modelo mais simples do Moto G, com 8 GB de armazenamento, pode ser encontrado nas lojas brasileiras por R$ 649. Já a versão mais completa, com 16 GB de armazenamento e quatro capas de brinde, custa R$ 799. Para um celular de padrão intermediário o custo é bastante atrativo.

Se dermos uma olhada em suas configurações, fica fácil perceber que, mesmo no comparativo direto com modelos de outros fabricantes, talvez o Moto G seja hoje, dentro dessa faixa de preço, uma das melhores opções - se não for a melhor - para o consumidor brasileiro.

Reprovado

Câmera frontal poderia ser melhor

Um dos recursos citados pela Motorola como um dos diferenciais do produto é a possibilidade de ele fazer videochamadas em HD via Google Hangouts. Se por uma lado a utilização da ferramenta é bastante simples e prática, por outro a qualidade da câmera frontal – de 1,2 megapixel – impede que o recurso seja utilizado em sua plenitude.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Obviamente, vale mais uma vez a ressalva: estamos falando de um smartphone cuja proposta é a de ser um modelo intermediário no mercado, fato que por si só já poderia fazer com que considerássemos suficiente essa resolução. Contudo, ao ser apontado pela Motorola como um diferencial, era de se esperar um pouco mais de qualidade no hardware.

Vale a pena?

Dentro de sua proposta, a de ser um smartphone intermediário, e sua faixa de preço, entre R$ 649 e R$ 799, talvez o Moto G seja a melhor opção disponível hoje no mercado brasileiro. Tanto o modelo mais simples, de 8 GB, quanto o modelo de maior capacidade, 16 GB, podem ser considerados boas alternativas para o consumidor.

Com processador quad-core Snapdragon 400, 1 GB de RAM e GPU Adreno 305, o Moto G dá conta de praticamente toda e qualquer tarefa necessária em um smartphone de sua categoria, com exceção de jogos um pouco mais pesados e que requeiram maior capacidade de processamento gráfico.

A atenção dispensada pela Motorola para o mercado brasileiro também é digna de nota. Com um preço acessível, a empresa disponibiliza no país um aparelho com boas configurações e garantia de atualização para a próxima versão do Android.

Sem dúvida, o Moto G tem tudo para estar nas listas de mais vendidos no Natal no país. Vamos torcer para que a política de preços da empresa se mostre acertada, para que mais fabricantes possam seguir a mesma linha de mercado. Afinal, não é porque o modelo é intermediário que as suas configurações devem deixar o usuário na mão.

O smartphone Moto G foi cedido por empréstimo pela Motorola ao Tecmundo para a realização desta análise.

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