Análise: Razer DeathStalker Ultimate

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Especialista na criação de acessórios para games, a Razer tentou trazer uma ideia nova ao mercado com o DeathStalker Ultimate. Para isso, equipou o dispositivo com um painel LCD multitouch com funções destinadas a tornar mais prático o uso do computador.

A promessa da fabricante é a de que esse recurso é capaz de revolucionar totalmente a experiência de jogar no PC. Além disso, as características mutáveis do produto permitia riamrealizar tarefas diárias de maneira mais prática, sejam elas navegar por redes sociais ou gerenciar a reprodução de arquivos multimídia.

O Tecmundo submeteu o teclado a uma bateria de testes e traz a você neste artigo tudo o que é preciso saber sobre o dispositivo. Confira nossa análise e, após a leitura, não deixe de registrar a sua opinião em nossa seção de comentários.

Aprovado

Bonito e resistente

Ao retirar o DeathStalker Ultimate de sua caixa, é difícil não se surpreender com o produto. Construído em materiais resistentes, o acessório passa a sensação de que se trata de algo bastante durável e que dificilmente vai estragar depois de pouco tempo de uso.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

O uso da cor preta combinada aos LEDs presentes em cada uma das teclas do dispositivo faz com que ele ganhe uma aparência sofisticada. Além disso, o contraste visual gerado por essa combinação faz com que se torne uma tarefa fácil visualizar todos os botões disponíveis, mesmo em ambientes que não dispõem de muita iluminação.

Liberdade de configuração

Assim como acontece em produtos como o Ouroboros e o Naga 2012, através do software Synapse 2.0 é possível ajustar livremente as funções desempenhadas por cada uma das teclas do DeathStalker Ultimate. Quando se leva em consideração que é possível atribuir perfis diferentes para cada aplicativo e jogo instalado na máquina, isso significa que é possível bolar um número praticamente infinito de maneiras de uso do produto.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Como o programa desenvolvido pela Razer faz a integração imediata dos dados alterados com a nuvem, que você pode acessar seus perfis em qualquer lugar que esteja. Isso se mostra vantajoso tanto nos casos em que é preciso trocar de máquina quanto quando é necessário formatar o PC, já que impede que você tenha que gastar minutos preciosos reajustando suas configurações favoritas.

Apps: o lado bom

Embora como padrão a tela sensível do DeathStalker Ultimate funcione como um trackpad comum, basta selecionar um entre vários botões especiais para mudar a forma como ela funciona. Entre as possibilidades oferecidas pelo dispositivo, está a visualização de sua conta no Twitter e o gerenciamento dos arquivos multimídia presentes no computador.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Essa área do dispositivo também conta com características mutáveis, permitindo alterações na ordem dos aplicativos instalados e até mesmo no plano de fundo exibido por essa área do acessório. Apesar de essas funções extras não serem exatamente algo essencial, é interessante ver o trabalho que a Razer teve ao querer trazer algo novo para o mercado.

Reprovado

Apps: o lado ruim

Infelizmente, nem todos os apps disponíveis para o DeathStalker Ultimate possuem funções interessantes. Exemplo máximo disso são aqueles específicos para games como Counter-Strike: Global Offensive e The Elder Scrolls V: Skyrim, que não passam de uma reunião de algumas das teclas de atalho usadas durante os respectivos jogos.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Além disso, muitas das opções disponíveis possuem um desempenho decepcionante devido ao hardware limitado do acessório. Exemplo disso é o programa dedicado ao Facebook, que exibe os conteúdos da rede social quase que exclusivamente na forma de textos, e a navegação ocorre de forma lenta e desajeitada — mesma situação que se repete no navegador do produto.

Hardware fraco

O hardware fraco do DeathStalker Ultimate também se reflete na maneira como seu trackpad é utilizado. Devido à demora de resposta dos comandos, se torna difícil saber qual a pressão necessária para utilizar corretamente o dispositivo — algo que resulta em uma série constante de tentativas e erros falhos.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Apesar de o teclado dispor de um sistema de controles por gestos, nem sempre eles funcionam conforme o proposto devido à incapacidade de detectar toques simultâneos que o dispositivo apresenta em algumas ocasiões. Assim, usar a tela sensível ao toque acaba se provando uma experiência essencialmente frustrante e que não estimula experimentações.

Sensibilidade exagerada

Embora a sensibilidade das teclas do produto seja ótima durante games, o mesmo não pode ser dito durante os momentos em que é preciso usar o PC para tarefas cotidianas. Digitar letras repetidas e inserir espaços duplos é algo bastante comum quando se usa o DeathStalker Ultimate, o que força o usuário a mudar hábitos de uso e redobrar a atenção na hora de digitar textos — em vez de o produto se adaptar ao consumidor, é este que se vê forçado a alterar seu comportamento para compensar falhas de design.

Preço salgado

R$ 1.299 — é esse o preço de compra sugerido para o DeathStalker Ultimate em território nacional. Quando se leva em consideração que o mesmo valor pode ser usado para comprar um PC ou notebook com hardware mediano, se torna até assustador pensar que há consumidores dispostos a investir tanto dinheiro em um único teclado.

Vale a pena?

Embora o DeathStalker Ultimate seja embasado em uma ideia interessante, a maneira como ela é executada deixa a desejar. Mesmo oferecendo uma experiência de uso confortável no geral, as limitações que envolvem a tela de toque do produto fazem com que ele perca muitos de seus atrativos em relação a um teclado com características mais convencionais.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Quando se leva em consideração o preço cobrado pelo dispositivo, acaba compensando mais investir em outro produto. Afinal, por mais interessante que seja o trackpad mutável do produto, suas limitações acabam fazendo com que ele se enquadre mais na categoria de uma curiosidade dispensável do que algo que realmente faz a diferença na hora de usar o computador.

Em resumo, o DeathStalker Ultimate apresenta uma ideia interessante, mas que infelizmente foi executada de uma maneira que decepciona. Ainda mais quando se leva em conta o fato de que ele é vendido a R$ 1.300 no Brasil, fica difícil justificar o investimento necessário para levar o produto para casa.

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