É oficial: placas AMD Polaris terão memória HBM2 já em 2016 [exclusivo]

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A AMD vem fazendo suspense quanto às placas com a recém-anunciada arquitetura Polaris. Entretanto, nós obtivemos uma informação em primeira mão que dá uma ideia dos planos da fabricante para esta nova geração de produtos.

Hoje, durante um bate-papo com Alfredo Heiss, especialista em hardware da AMD Brasil, nós obtivemos a confirmação de que as novas placas da AMD já vão migrar para o padrão de memória HBM2, ou seja, teremos placas com largura de banda de memória de 1 TB/s!

Vale constatar, contudo, que somente as placas mais robustas da nova geração Radeon trarão o padrão HBM2. Componentes mais modestos, focados em um diferente segmento de consumidores, ainda devem permanecer no padrão GDDR5, uma vez que este tipo de tecnologia ainda se mostra competente para os atuais games em resoluções elevadas.

Além da melhoria no desempenho dos chips de memória, o salto para o padrão HBM2 vai permitir adicionar uma quantidade maior de memória diretamente nos chips Radeon. De quanto estamos falando? Bom, as placas de vídeo Fury trazem 4 GB de memória, mas a nova geração pode perfeitamente dar um salto para 16 ou até mesmo 32 GB.

Na prática, isso significa que a nova geração da Fury terá suporte aprimorado para jogos e aplicações com realidade virtual e capacidade de sobra para jogos em 4K. Obviamente, além do salto na memória, as placas com arquitetura Polaris terão processadores gráficos ainda mais robustos, garantindo performance de primeira para os títulos que virão com DirectX 12.

Temos que romper barreiras para chegar lá

Estas informações vão de encontro com o que Raja Koduri, vice-presidente sênior e arquiteto-chefe do Radeon Technologies Group, relatou em entrevista ao site VentureBeat. A mente por trás da equipe de desenvolvimento da arquitetura Polaris revelou que o alvo para os próximos anos é a resolução 16K (sim, tudo isso!), o que vai exigir a adoção de novas tecnologias.

“Se você pensar além, quando chegarmos à resolução 16K por 16K, com 120 Hz, você chega em uma taxa de 6 bilhões de pixels por segundo. Nós não vamos chegar lá se dependermos apenas da Lei de Moore. Nós temos que romper barreiras para chegar lá. Este é o objetivo da nossa divisão, chegar na era da imersão”, afirmou Koduri.

Não vamos chegar lá se dependermos apenas da Lei de Moore. Nós temos que romper barreiras para chegar lá.

Parece exagero? Bom, a AMD parece pensar que é o caminho mais lógico e, a cada passo dado, ela pretende dobrar a tecnologia em seus produtos, algo que Koduri promete fazer neste ano (o que faz ainda mais sentido com a adoção do HBM2) e também no próximo ano.

Uma nova era nos computadores

A entrevista de Raja Koduri é ainda mais reveladora quanto aos planos da AMD para o mercado de games. Segundo o vice-presidente sênior do Radeon Technologies Group, a fabricante está disposta a levar melhorias tanto aos desenvolvedores quanto aos jogadores.

O salto em tecnologia na parte de hardware é excelente para os consumidores, que terão um nível absurdo em poder gráfico em seus computadores. Contudo, Koduri informa que a ideia é chegar à resolução 16K ainda nesta vida, o que não é possível somente via hardware. Dessa forma, a companhia vai liberar o poder de software para as desenvolvedoras, assim elas podem obter o mesmo nível de acesso das GPUs dos consoles nas GPU dos PCs.

“A Fury X é uma máquina de oito teraflops. O PS4 é uma máquina de dois teraflops. É quatro vezes mais poder computacional em uma única Fury. Você pode montar um PC com duas placas Fury, mas o PC não te dá uma experiência tão melhor, porque os desenvolvedores podem extrair mais performance em um console”, comenta Koduri.

É por isso que a AMD está dando total acesso às GPUs para os desenvolvedores conseguirem chegar ao objetivo final. Essa decisão não é algo que aconteceu agora, sendo que alguns parceiros da companhia já estão fazendo coisas inimagináveis que não eram possíveis nos PCs. Os resultados serão vistos em breve, em uma nova era que está para chegar aos computadores.

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