AMD confirma a GPU Fiji como sendo a primeira a trazer a tecnologia HBM

2 min de leitura
Imagem de: AMD confirma a GPU Fiji como sendo a primeira a trazer a tecnologia HBM

Meio “sem querer”, a AMD acaba de revelar o nome da sua nova geração de GPUs: Fiji. Essa confirmação, que chega junto com a possível linha de processadores da empresa para 2015 e 2016, veio através do calendário do HotChips 2016, um evento que reúne várias companhias da indústria de semicondutores e circuitos integrados. Porém, o detalhe que mais chamou atenção não foi exatamente o nome, mas sim o fato de a GPU Fiji ser a primeira a trazer o recurso HBM, ou High Bandwidth Memory.

A apresentação da AMD, intitulada “Fiji, The World’s First Graphics Processor With 2.5D High Bandwidth Memory” e programada para o mês de agosto, não deixa dúvidas quanto a essas duas informações. O mais provável é que essa tecnologia seja apresentada com a série Radeon R9 390, cujas supostas especificações técnicas já foram reveladas.

Evento que confirmou o nome da GPU e a presença da tecnologia HBM.

Largura de banda altíssima

A tecnologia HBM não é uma novidade para aqueles que estão antenados no assunto. Também chamado de memória 3D, esse padrão aplica o conceito de “pilha” em que múltiplas células DRAM se conectam através de uma estrutura tridimensional. Cada componente é ligado na vertical, detalhe que aumenta significativamente a quantidade de dados transferidos por cada ciclo.

A primeira geração a trazer essa tecnologia ainda não vai entregar todo o potencial que ela tem a oferecer. Esse é o motivo pelo qual a AMD preferiu utilizar o termo “2.5D” e não “3D”. Entretanto, mesmo que ainda não tenha atingido o máximo de desempenho, especula-se que a largura de banda com usando o HBM vai ser de impressionantes 4.096 bits – muito superior aos 512 bits encontrados atualmente.

Vantagens da tecnologia HBM (High Bandwidth memory).

Maior largura de banda = maior velocidade?

Apesar de o aumento na largura de banda não significar exatamente um ganho de velocidade, é certo dizer que as GPUs da empresa vão poder tirar um bom proveito disso. A taxa de 512 bits era um dos maiores gargalhos da geração atual, o que impedia que tecnologias como o 4K se tornassem viáveis.

Com o aumento na largura de banda, mais dados podem trafegar no barramento da GPU , mesmo que haja uma redução na velocidade da memória. A tabela abaixo, do VideoCardz, deixa isso bastante claro: mesmo com a diminuição de 5 Gbps para 1,25 Gbps, a performance subiu de 5,6 Tflops para 8,6 Tflops. O aumento na quantidade de Stream Processors obviamente também contribui para um desempenho melhor, mas a tecnologia HBM é o que faz a maior parte da “mágica” acontecer.

Largura de banda de 4,096 bits.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.