Quanta diferença um processador faz nos jogos?

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Em diversos artigos de sites especializados em hardware, vemos especialistas comentando que os processadores não influenciam tanto no desempenho dos games. De certa forma, isso é verdade, pois, muitas vezes, um chip com dois núcleos é mais do que suficiente para executar um jogo com configurações avançadas em uma velocidade aceitável.

Além disso, está comprovado que as placas de vídeo geralmente fazem quase todo o trabalho pesado. Claro que é necessário ter um conjunto compatível, com memória RAM suficiente e rápida, um disco rígido de alta velocidade e um processador que acompanhe o restante dos componentes. Todavia, resta a dúvida: até que ponto a CPU influencia na performance?

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

O portal The Tech Report fez um artigo completo analisando diferentes processadores para identificar como cada um se comporta com jogos modernos. Na análise, a equipe do site colocou chips de médio e alto desempenho da AMD e da Intel em situações semelhantes para ver como cada um se comporta. Você confere um resumo do resultado neste artigo.

Um estudo de caso aprofundado

Na tentativa de melhorar as análises de games e placas de vídeo, o The Tech Report optou por abandonar um pouco essa ideia de confiar apenas nas taxas de frames por segundo. Segundo o texto original, há muito mais em jogo do que a média dos quadros renderizados. Até mesmo um teste com taxas mínimas, médias e máximas pode apresentar discrepâncias.

É perfeitamente possível que um determinado computador obtenha bons resultados no geral, mas, da mesma forma, existe a chance de que, na prática, aconteçam algumas quedas de velocidade. O autor do artigo propôs um estudo profundo, analisando o tempo que cada processador leva para trabalhar em um frame isolado.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

O The Tech Report analisou 18 CPUs diferentes usando quatro jogos e mais um cenário de conversão de vídeo para obter um veredito final. Na tentativa de evitar distorções nos resultados, o site optou por usar placas-mãe, módulos de memória, discos rígidos e outros componentes idênticos em todas as configurações.

Para realizar os testes, o portal identificou o tempo necessário para processar cada quadro e entregar um desempenho aceitável. Bom, considerando a taxa de 60 fps como ideal, podemos calcular que 16,67 ms é o tempo máximo que um processador deve usar para não acarretar quedas de performance.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

Pois é, pode ser um valor ínfimo, mas ele deve ser levado em consideração na hora de avaliar e comparar o desempenho dos processadores. Nesta análise detalhada, o The Tech Report levou em conta esse número, a taxa de frames e o histórico no processamento dos frames.

A difícil tarefa no processamento dos frames

Acredite se quiser: manter um jogo funcionando constantemente com a taxa de 60 frames por segundo é um trabalho árduo. Os dados apresentados na análise foram obtidos com base na renderização de frames no intervalo de 60 a 90 segundos.

Com essas informações, o autor separou os resultados em tempos médios e criou uma linha do tempo mostrando o processamento em um único segundo. Como você pode ver, o trabalho da CPU oscila muito, o que resulta em variações na reprodução jogo. Aqui está a importância em manter as latências tão baixas. Confira os resultados dos chips AMD no jogo Crysis 2:

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

Resultado? Nos testes com Batman: Arkham City, Crysis 2 e The Elder Scrolls V: Skyrim, nenhum dos processadores conseguiu oferecer poder de processamento suficiente para manter a fluidez do game com 60 quadros por segundo.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

Em geral, as latências ultrapassaram o limite de 16,67 ms. As diferenças, muitas vezes, consistem em 2 ou 3 milissegundos; entretanto, esses dados deixam claro que os processadores podem resultar em um gargalo na hora de executar os games.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

No caso do jogo Battlefield 3, somente dois modelos (Intel Core i5-655k e AMD Phenom X4 850) apresentaram desempenho insuficiente. Aliás, é importante notar que, neste game, todas as configurações parecem ser limitadas por conta da performance do chip gráfico.

Processadores AMD não são suficientes para jogos?

Uma verdade inconveniente aparece depois de observarmos todos os testes. Independente do jogo em questão, os chips da AMD não demonstram capacidade para acompanhar de perto os modelos mais robustos da Intel. Alguns dos processadores mais avançados da AMD mostram resultados semelhantes aos do Intel Core i5-2500k.

Aqui fica uma dúvida, afinal muitos juram que a AMD é insuperável em jogos. Bom, apesar dos resultados, não podemos dizer que os chips da AMD não são capazes de executar games. Fica claro que eles não trabalham com tanta agilidade e, às vezes, causam impacto na taxa de frames, entretanto as pequenas diferenças não acarretam grandes engasgadas.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

O curioso nisso tudo é que o tão aclamado AMD FX-8150, considerado pela fabricante como o processador mais avançado e robusto, chega a ser mais lento do que o Phenom II X4 980, o Phenom II X6 1100T e o FX-4170. Até podemos culpar a falta de otimização do sistema e dos jogos para os oito núcleos, mas isso não vai alterar a inferioridade do Bulldozer.

Afinal, quanta diferença a CPU faz nos jogos?

É difícil responder com uma única palavra, mas podemos dizer que o processador pode sim fazer diferença na execução dos games. Como você mesmo viu, até mesmo o poderoso Intel Core i7-3960X pode apresentar desempenho abaixo do esperado.

Durante a jogatina, essa queda em performance não é notável. Então, fica a dúvida: que diferença faz? Essas latências maiores na renderização dos quadros acabam gerando nuances na execução dos jogos. É por isso que um jogo dificilmente é executado com a mesma taxa de frames durante todo o tempo.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

Com os gráficos exibidos pelo The Tech Report, fica claro que os chips tendem a fraquejar ao chegar próximo do processamento dos últimos frames. Assim, ainda que não sejam totalmente visíveis, algumas quedas de frames podem ser notadas. No fim, o que conta mesmo é a fluidez e, independente do jogo em questão, os processadores mais robustos tendem a serem mais sólidos e confiáveis.

Para concluir, o The Tech Report criou um gráfico comparando a performance dos processadores e os preços sugeridos. Segundo o artigo, o Intel Core i5-3470 é o chip que oferece a melhor relação custo-benefício. Para quem prefere a AMD, o Phenom II X4 980 é a melhor opção em performance e preço.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Tech Report)

É evidente que essas constatações são referentes aos jogos analisados e às situações propostas no teste, ou seja, os resultados podem variar com outros processadores e games. No fundo, a diferença em desempenho não será tão impactante e você não vai ganhar muito aplicando quase mil reais em um chip top de linha.

Fonte: The Tech Report

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