Fundador do Megaupload fala à imprensa e se declara inocente

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(Fonte da imagem: Reprodução/Telegraph)

Depois de enfrentar algumas semanas na prisão, Kim Dotcom, fundador do site Megaupload, resolveu falar. Ele comentou a situação e os processos envolvendo seu nome durante uma entrevista para o site Torrent Freak e classificou como absurdas as alegações feitas pelo governo norte-americano.

Dotcom está animado, convencido da sua inocência e passa os dias coletando documentos e evidências para provar que ele não é nenhum criminoso na história. Enquanto os advogados do Megaupload trabalham nas respostas que serão dadas às acusações, Kim adiantou alguns detalhes pontuais que levará ao tribunal.

Acusações infundadas

Ele revelou que uma das acusações de violação direta de leis autorais diz respeito a um link compartilhado no Megaupload, cujo conteúdo estava hospedado em servidores do serviço, e que infringia a lei, caracterizando pirataria. A URL em questão levava para uma música do rapper 50 Cent.

Dotcom afirma que esse upload foi feito por ele e que a canção foi comprada legalmente. Além disso, o arquivo teria sido utilizado apenas para testes de um novo recurso de upload, não tendo sido disponibilizado de forma pública, apenas como um link particular para um grupo restrito de pessoas.

Outra reclamação dele diz respeito à jurisdição do governo dos EUA. Segundo Dotcom, o arquivo foi carregado a partir de um IP filipino e hospedado em um servidor europeu. O fato teria ocorrido em 2006, o que torna a prova prescrita, não podendo mais ser utilizada no tribunal.

Exclusão de arquivos

As acusações contra o Megaupload incluem ainda uma reclamação por parte da Warner. A empresa, que contava com uma ferramenta especial para excluir arquivos que infringissem direitos autorais da companhia, alega não ter conseguido apagar conteúdos em muitos momentos pelo fato de ter atingido um limite máximo de ações.

Dotcom se defende afirmando que essa ferramenta era uma espécie de cortesia do site, já que não havia nenhuma exigência legal quanto a isso. A Warner tinha o direito de excluir até 5 mil arquivos por dia e solicitou uma ampliação desse número. Dias depois, a empresa ganhou o direito de excluir até 100 mil arquivos por dia.

“A Warner utilizou a impossibilidade de deletar mais do que 5 mil arquivos por dia como argumento de que não conseguia excluir conteúdo irregular”, afirma. Contudo, essa alegada impossibilidade de excluir arquivos pode não ser verdadeira, uma vez que, de acordo com as estatísticas do site, a Warner removeu um total de 1.933.882 links, enquanto a Disney removeu 127.934 e a Sony excluiu outros 3.003 links.

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