Por que detectar um universo paralelo pode ser impossível?

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(Fonte da imagem: Daily Galaxy)

Os universos paralelos existem? E, se existirem, como podemos saber? Pesquisadores das universidades de Calgary e Waterloo (Canadá) e de Genebra (Suíça) publicaram nesta semana um artigo na Physical Review Letters em que explicam por que não conseguimos perceber os efeitos de mecânica quântica e por qual razão pode não ser possível perceber a existência de um universo paralelo.

“A física quântica funciona muito bem em escalas menores, mas quando falamos de largas escalas não é possível contar os fótons com precisão, por isso é difícil perceber seus efeitos no cotidiano”, explica Christoph Simon, professor do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Calgary.

Como conhecemos, os sistema quânticos são bastante frágeis. Quando um fóton interage com o ambiente, ainda que pouco, uma superposição é destruída. A superposição é um princípio fundamental da física quântica que diz que todos os sistemas podem existir em todos os seus estados possíveis simultaneamente, mas, quando medidos, apenas um dos estados é dado.

Esse efeito é conhecido como decoerência e tem sido estudado intensivamente ao longo das últimas décadas. A ideia da decoerência como um experimento foi pensada por Erwin Schodinger, um dos fundadores da física quântica, em seu paradoxo famoso do gato em que a premissa é a de que o animal em uma caixa pode estar simultaneamente vivo ou morto.

Entretanto, de acordo com os autores do estudo, a decoerência não é o único motivo pelo qual os efeitos quânticos são difíceis de ver. A visualização de efeitos quânticos exige medições extremamente precisas.

“Nós mostramos que, para que possamos ver a natureza quântica nesse estado, precisaríamos ser capazes de contar o número de fótons de maneira precisa” explica Simon. “Quanto maior é o número total de fótons, maiores são as dificuldades. Distinguir um fóton de dois fótons é algo que podemos fazer na atualidade, mas diferenciar 1 milhão de fótons de 2 milhões ainda é algo impossível”, completa.

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