Mito ou Verdade: é preciso sobrescrever um arquivo 7 vezes para ele ser irrecuperável?

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A compra e venda de peças de computadores tornou-se uma prática muito comum na internet, principalmente depois que sites de anúncios abriram as portas para o usuário comum, que deseja negociar pequenos componentes que não têm mais utilidade para ele. Quando dispositivos são simples, como placa de vídeo, adereços para conexão de rede e periféricos com mouse e teclado, não há problema algum em vender ou comprar.

O receio da maioria dos usuários está na negociação de discos rígidos. Isso porque, mesmo depois que o HD é formatado e todos os arquivos são apagados, ainda é possível recuperar na íntegra os dados que foram gravados. Na internet circulam diversos métodos que prometem solucionar esse problema.

Um deles é sobrescrever os arquivos sete vezes para que eles fiquem irrecuperáveis. A questão é: será que isso é verdade? O Baixaki fez algumas pesquisas a fim de esclarecer essa dúvida, muito comum entre os usuários. A resposta e as explicações você acompanha logo abaixo.

Então, mito ou verdade?

Na internet, é possível encontrar diversos fóruns falando a respeito de recuperação de dados, nos quais muitos usuários afirmam ser necessário escrever informações aleatórias várias vezes sobre um setor do disco para que os arquivos não possam ser recuperados.

Isso não é exatamente verdade. De fato, sobrescrever o espaço de memória em que um arquivo se encontrava com outro tipo de dado torna a recuperação do documento praticamente impossível. Porém, alguns testes provam que fazendo isso apenas uma vez já é o suficiente.

Existem diversos aplicativos que fazem uma formatação diferente daquela que estamos acostumados a realizar quando um sistema operacional é instalado no disco rígido. O chamado zero fill é um método de limpeza definitivo do HD, o qual consiste em preencher cada bit com o valor binário zero, como quando o disco sai de fábrica.

A versão gratuito do KillDisk, por exemplo, traz apenas a opção “zeroes-only”, a qual faz exatamente o processo descrito acima. Outra aplicação gratuita muito útil para preencher os bits do seu disco rígido com zeros é o Heidi Eraser.

Boa parte dos fabricantes de discos rígidos oferece alguma ferramenta própria para apagar definitivamente os dados do HD caso o usuário decida passá-lo para outra pessoa. O zero fill pode ser muito útil também quando você compra um dispositivo de armazenamento usado, pois é uma forma de garantir que não há nenhum vírus ou programa malicioso instalado.

Calma, não é milagroso

O processo de zero fill garante que usuários domésticos, com ferramentas comuns, não consigam recuperar os arquivos antes presentes nos HDs. Em alguns casos, nem mesmo aplicativos profissionais e peritos da computação forense conseguem reaver os bits que formam um documento.

Porém, existem centenas de programas e soluções desenvolvidas que não estão ao alcance do público geral, uma vez que são utilizados por organizações governamentais poderosas na recuperação de discos, utilizados em espionagens e outros tipos de crimes.

Dessa forma, se você é um pouco mais “paranoico” com a questão da segurança e privacidade dos dados presentes em seu HD, é bom saber que, para as ferramentas utilizada pelo alto escalão, não há como saber se o processo de zero fill é eficiente, a ponto de tornar um arquivo totalmente irrecuperável.

Conclusão

Sim, o ato de sobrescrever um arquivo com dados aleatórios o torna praticamente irrecuperável. O mito dessa história está na quantidade de vezes que uma informação precisa ser escrita sobre outra para que os demais usuários não consigam acessá-la facilmente. Utilizando a ferramenta certa, realizar o processo apenas uma vez é o suficiente para que sua privacidade não seja prejudicada.

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