Pompéo, o primeiro carro elétrico brasileiro [vídeo]

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O universo dos carros movidos por energia elétrica não está mais restrito aos Estados Unidos e à Europa. Aqui no Brasil, já surgem alguns projetos muito interessantes que devem começar a ser vistos pelas ruas nos próximos anos. O Tecmundo foi até a Universidade Tecnológica Federal do Paraná para conhecer o projeto Pompéo, coordenado pelo Escritório Verde do professor Eloy Casagrande Júnior.

Pompéo é o sobrenome do idealizador do projeto: Renato Cesar Pompeo. Esta é primeira vez que um projeto brasileiro para a criação de carros elétricos elimina conceitos já utilizados por montadoras. Ao contrário de outros veículos do gênero, o Pompéo utiliza design criado especialmente para ele. São três rodas (duas dianteiras e uma traseira) e espaço para apenas duas pessoas.

Eloy Casagrande Júnior nos informou que os projetos serão disponibilizados para outras montadoras. Dessa forma, a concorrência seria estimulada e ainda mais pessoas poderiam ter acesso ao modelo de “mobilidade sustentável” imaginado pelos principais responsáveis.

Poluição zero

Quando se fala em carro elétrico, logo se pensa em sustentabilidade. E é exatamente isso que o Pompéo quer oferecer, transporte urbano livre de poluição atmosférica. Como toda a força motriz dele é oriunda da energia elétrica, não há queima de combustíveis e, consequentemente, não há emissão de gases para o ar.

(Fonte da imagem: Divulgação/Pompéo)

Onde abastecer?

Carros elétricos podem ser abastecidos nas próprias casas dos proprietários, já que são conectados às redes de energia elétrica comuns. O Pompéo ainda oferece algumas vantagens nesse ponto, pois pode ser carregado também por painéis de recepção solar. Dessa forma, abastecer o veículo é ainda mais econômico.

Em números: uma carga completa (de oito horas) pode chegar a custar até cinco vezes menos do que qualquer outro combustível que possa ser utilizado (dependendo do valor do quilowatt). Quando falamos da energia solar, a economia é ainda maior. Para sermos mais exatos, não há gasto financeiro, pois a captação solar pode ser feita de maneira gratuita.

Autonomia

Essas cargas completas permitem boas distâncias a serem percorridas pelos motoristas. Em superfícies planas, a bateria pode garantir autonomia de até 200 km. Logicamente, em subidas esse valor pode cair um pouco, mas deve ser compensado pelo economizado em decidas.

Em cidades grandes, essa quilometragem pode permitir que os proprietários do Pompéo vão e voltem de seus postos de trabalho várias vezes antes que seja necessário recarregar as baterias utilizadas. A autonomia de 200 km não permite grandes viagens, mas no futuro é provável que as baterias sejam melhoradas para aguentar maiores distâncias.

(Fonte da imagem: Divulgação/Pompéo)

Velocidade

Como o próprio coordenador do projeto informou, o Pompéo deve ser produzido para trechos urbanos, criando um novo conceito de mobilidade sustentável às cidades brasileiras. Por essa razão, o veículo não deve passar dos 90 km/h, mais que suficiente para trajetos percorridos em médias e grandes cidades.

Custos de recarga

Um dos maiores problemas relacionados à utilização de combustíveis é o preço cobrado pelo litro. Atualmente, com R$ 2,50 é possível abastecer um litro de gasolina e percorrer cerca de 10 quilômetros. Com esse mesmo valor aplicado ao carregamento por energia elétrica, a autonomia é de quase 60 quilômetros.    Caso o proprietário possua painéis de captação solar, esse valor é reduzido a zero. Isso acontece por uma razão bastante óbvia: a luz do sol é gratuita.

Escritório Verde: onde tudo começou

Existe, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), um departamento especializado em projetos de sustentabilidade. Trata-se do Escritório Verde, primeira sede totalmente sustentável a ser criada por uma universidade brasileira. Nele serão produzidas técnicas para reduzir o impacto ambiental da UTFPR, além de ser a primeira central de distribuição de energia limpa do Paraná.

Para sanar a demanda energética do Escritório, serão utilizados geradores de energia solar e eólica. Pelos painéis de células fotovoltaicas (solares), podem ser armazenados até 3 mil watts. Nos aerogeradores (cata-ventos), a capacidade é inferior, sendo de apenas 500 watts. A soma dos dois modos de captação deve alimentar cerca de 80% da necessidade do local.

(Fonte da imagem: Escritório Verde)

É necessário dizer que a construção foi toda realizada com materiais “verdes“. Toda a estrutura foi feita com técnicas que emitissem o menor índice de poluição possível. Houve muito uso de materiais recicláveis e, quando totalmente montado, o escritório irá receber iluminação com lâmpadas de LED (menos nocivas e mais econômicas).

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O que você achou do novo projeto que está sendo realizado no Brasil? Será que em alguns anos será possível ir para o trabalho gastando poucos centavos para carregar as baterias do seu carro? Aproveite para dizer também se você seria um usuário dos novos veículos.

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